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Dor no Ombro: Causas, Diagnóstico e Tratamentos

O ombro é uma das articulações mais móveis e complexas do corpo humano. Ele é formado por três articulações principais — glenoumeral, acromioclavicular e esternoclavicular —, além da superfície de deslizamento chamada escapulotorácica. Envolve também três ossos (clavícula, escápula e úmero), diversas bursas, músculos e tendões (como o manguito rotador, deltoide, cabo longo do bíceps e musculatura acessória da escápula e do braço).

Essa complexidade é necessária para permitir os amplos movimentos do braço e da mão. Porém, essa mobilidade também torna o ombro mais suscetível a sobrecargas mecânicas, especialmente em atividades repetitivas ou com esforço inadequado, podendo levar a diferentes tipos de lesões.

Estou com dor no ombro: o que fazer?

Se você está sentindo dor no ombro, siga estas recomendações:

  • Identifique a possível causa da dor, como trauma, esforço físico, repetição de movimentos ou levantamento de peso.
  • Evite repetir o movimento que causou a dor.
  • Agende uma consulta com ortopedista o quanto antes para um diagnóstico preciso.
  • Aplique gelo por 15 minutos a cada 2 horas, com um pano entre o gelo e a pele (o frio atua como anti-inflamatório e analgésico).
  • Se a dor for mais próxima ao pescoço ou costas, opte por bolsa de água morna por 15 minutos, 2 a 3 vezes ao dia.
  • Use analgésico de uso habitual, se necessário.
  • Improvise uma tipoia com um lenço para manter o braço em repouso.
  • Para dores noturnas, tente dormir abraçado a um travesseiro ou com a cabeceira elevada (como se estivesse em uma poltrona).

Quem pode sentir dor no ombro?

  • Esportistas de contato: lutas, artes marciais, futebol, rugby;
  • Praticantes de esportes com movimentos amplos ou de arremesso: tênis, vôlei, handebol, beisebol, basquete, natação;
  • Atletas de musculação, crossfit e ginástica funcional;
  • Trabalhadores com movimentos repetitivos ou com carga nos braços;
  • Profissionais que usam computador com os braços afastados ou suspensos.

Como é feito o diagnóstico da dor no ombro?

O diagnóstico deve ser realizado por um médico ortopedista, por meio de:

  • Anamnese clínica (histórico do paciente e características da dor);
  • Exame físico com testes específicos;
  • Exames de imagem, como radiografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.

Principais causas de dor no ombro

1. Tendinite do Manguito Rotador

Inflamação nos tendões do manguito, causada por movimentos repetitivos, especialmente com o braço afastado do corpo. O tendão mais afetado é o supraespinal. Pode ser curada com repouso, gelo e anti-inflamatórios nas fases iniciais.

2. Tendinose ou Tendinopatia do Manguito Rotador

É o estágio crônico da tendinite. A dor persiste por mais tempo, e os anti-inflamatórios deixam de ser eficazes. O tratamento exige fisioterapia, cuidados com os movimentos e uso de analgésicos.

3. Bursite Subacromial/Subdeltoidea

Inflamação da bursa entre os tendões e o acrômio. É comum após tendinites ou impacto repetitivo. O tratamento envolve gelo, medicamentos, fisioterapia e, em alguns casos, infiltrações com corticoide.

4. Dor Acromioclavicular

Comum em lutadores, praticantes de musculação e esportes de impacto, essa dor decorre de sobrecarga ou trauma na articulação entre clavícula e acrômio. Pode evoluir para artrose. O tratamento vai desde gelo e analgésicos até cirurgia por videoartroscopia.

5. Tendinite Calcárea

Depósito de cálcio nos tendões do manguito, que pode causar dor intensa ou passar despercebido. O diagnóstico é feito com raio-X. O tratamento varia conforme a fase e pode incluir ondas de choque ou cirurgia por artroscopia em casos mais avançados.

6. Capsulite Adesiva (Ombro Congelado)

Doença que causa rigidez progressiva no ombro, iniciando com dor inflamatória e evoluindo para perda de movimento. É uma condição autolimitada, com duração entre 1 e 2 anos. O tratamento é conservador, com fisioterapia ao longo do tempo.

7. Artrose Glenoumeral

Mais comum em idosos ou em casos pós-traumáticos. Causa dor progressiva e perda de mobilidade. O tratamento inicial é conservador, e a cirurgia com prótese (artroplastia) é indicada apenas em casos avançados e refratários.

Como prevenir dor no ombro?

  • Fortaleça a musculatura com exercícios adequados;
  • Faça alongamentos regulares;
  • Ao levantar peso, mantenha os braços próximos ao corpo, distribuindo o esforço;
  • Respeite seus limites e evite exageros;
  • Observe os sinais do corpo: dor é um alerta, não a ignore.

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Entenda os sintomas, causas, tipos e cuidados iniciais

O manguito rotador é um grupo de quatro músculos e tendões – supraespinal, subescapular, infraespinal e redondo menor – que se originam na escápula e se inserem no osso do braço (úmero). Eles têm papel essencial na movimentação e estabilização do ombro.

Sintomas mais comuns

A ruptura pode causar dor que irradia do ombro até o braço (às vezes até o cotovelo), sendo frequente à noite ou ao levantar peso com o braço afastado do corpo, especialmente com rotação externa.

Outros sintomas incluem:

  • Dor de início insidioso, difícil de identificar o momento exato em que começou;
  • Diminuição da força no ombro;
  • Dificuldade ou incapacidade para levantar o braço.

Causas da ruptura

As causas podem ser:

  • Movimentos repetitivos com o braço elevado, causando atrito entre o tendão e o acrômio (impacto subacromial);
  • Degeneração natural do tendão ao longo dos anos, principalmente do supraespinal, levando a perda de estabilidade da articulação e, com o tempo, à ruptura.

Nem todo caso envolve trauma direto. Muitas rupturas ocorrem de forma progressiva, sem que o paciente perceba exatamente o que causou.

Tipos de ruptura do manguito rotador

As rupturas são classificadas em:

  • Parciais: rompimento de parte das fibras do tendão;
  • Completas: rompimento total das fibras do tendão afetado;
  • Maciças: geralmente lesão maior que 2 cm no tendão supraespinal, associada a lesão de outro(s) tendão(ns).

📊 Estudos mostram que até 26% das pessoas com mais de 60 anos podem ter ruptura parcial do manguito rotador, mesmo sem sintomas.

Cuidados iniciais em caso de suspeita

Aplique gelo por 15 minutos a cada 2 horas, sempre com proteção (pano entre o gelo e a pele);

  • Use um lenço como tipoia para imobilizar;
  • Evite movimentos que causam dor;
  • Durma abraçando um travesseiro para aliviar a dor noturna;
  • Use analgésicos conhecidos em caso de dor intensa;
  • Agende uma consulta com médico que atue com doenças do ombro para avaliação e exames específicos.
  • ⚠️ Em caso de trauma recente, é essencial procurar o pronto-atendimento de Ortopedia e Traumatologia para descartar fraturas.

Diagnóstico e Tratamento

O próximo passo envolve a realização de exames de imagem, como radiografia ou ressonância magnética, além da avaliação clínica detalhada. Dependendo da gravidade da lesão, o tratamento pode ser conservador (com fisioterapia e fortalecimento) ou cirúrgico (geralmente por videoartroscopia).

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Entenda as causas, sintomas, tipos de lesão e tratamentos para essa condição do ombro

A articulação acromioclavicular (AC) é a parte mais exposta do ombro, localizada na extremidade lateral da clavícula. Ela conecta a clavícula ao acrômio (parte da escápula), formando uma ponte entre o membro superior e o tórax. Essa articulação é estabilizada pelos ligamentos acromioclaviculares e pelos ligamentos coracoclaviculares (conoide e trapezoide).

Como ocorre a luxação acromioclavicular?

Essa lesão é comum em esportes de contato, como futebol, rugby, judô e jiu-jitsu. A luxação AC geralmente ocorre por:

  • Trauma direto: queda com impacto direto do ombro no solo;
  • Trauma indireto: queda com o braço estendido, apoiando a mão no chão.

As luxações mais leves afetam apenas os ligamentos acromioclaviculares, sem gerar deformidade visível. Já os traumas mais intensos podem romper também os ligamentos coracoclaviculares, levando à elevação visível da clavícula.

Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico?

Os principais sinais incluem:

  • Dor na parte superior do ombro, especialmente sobre a articulação AC;
  • Saliência ou deformidade na extremidade lateral da clavícula (em luxações mais graves).

O diagnóstico é feito por exame clínico e radiografias específicas com o paciente em pé. Recomenda-se radiografar os dois ombros para comparação. O exame de imagem ajuda a classificar o grau da lesão, essencial para definir o tratamento adequado.

Classificação das luxações acromioclaviculares e tratamento

A lesão é dividida em 6 tipos, conforme a gravidade:

  • Tipo I e II: lesão leve, sem ou com mínima deformidade; tratamento conservador com tipoia, gelo, analgésicos e anti-inflamatórios.
  • Tipo III: ruptura dos ligamentos AC e coracoclaviculares, com deformidade moderada. A maioria dos casos pode ser tratada sem cirurgia, especialmente se a fáscia entre trapézio e deltoide estiver íntegra.
  • Tipos IV, V e VI: luxações mais graves, com desvio acentuado da clavícula. Nestes casos, a cirurgia é indicada.

Como é a cirurgia para luxação acromioclavicular?

A técnica cirúrgica depende do tempo desde a lesão:

  • Lesões agudas (até 3 semanas): o objetivo é reposicionar a clavícula e fixá-la ao coracoide com fios de alta resistência (amarrias), por via aberta ou artroscópica, para que os ligamentos cicatrizem naturalmente.
  • Lesões crônicas (mais de 3-4 semanas): os ligamentos originais não cicatrizam mais. Utiliza-se enxerto do próprio paciente (tendões flexores do joelho) para reconstrução.
  • Em casos mais simples, pode-se utilizar a técnica de Weaver-Dunn, transferindo o ligamento coracoacromial.
  • Pacientes mais ativos e atletas costumam precisar de reconstruções com enxerto mais resistente.

Pós-operatório: como é a recuperação?

  • Uso de tipoia por 6 a 8 semanas, para proteger a cicatrização ligamentar;
  • Durante esse período, são permitidos apenas exercícios leves de alongamento;
  • Após 8 semanas, inicia-se a fisioterapia para recuperação da amplitude de movimento;
  • Com a mobilidade restabelecida, começa o fortalecimento muscular (em geral entre 8 a 10 semanas).

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Luxação de Ombro: Causas, sintomas e tratamento

A luxação do ombro ocorre quando a cabeça do úmero (osso do braço) se desloca completamente da cavidade glenoide, na escápula. É uma emergência ortopédica, pois pode danificar cartilagens, ligamentos e ossos da articulação.

Como acontece a luxação de ombro?

As principais causas são:

  • Traumas fortes, como quedas com o braço esticado ou pancadas diretas no ombro;
  • Crises convulsivas;
  • Choques elétricos;
  • Hiperfrouxidão ligamentar (pessoas com articulações naturalmente mais “soltas”).

É comum em jovens entre 15 e 25 anos e ocorre com frequência em esportes como:

  • Skate, jiu-jitsu, judô;
  • Boxe, muay thai;
  • Futebol, rugby e surfe;
  • Musculação e crossfit (em movimentos como supino e snatch com rotação lateral do braço).

O que fazer em caso de suspeita de luxação?

Se notar sinais como:

  • Dor intensa e súbita no ombro;
  • Dificuldade de movimentar o braço;
  • Deformidade aparente;

Siga estes passos:

  1. Não tente colocar o ombro no lugar sozinho.
  2. Apoie o braço com a outra mão e evite movimentos.
  3. Procure atendimento médico com urgência em um pronto-socorro com ortopedia.
  4. Radiografias serão feitas para confirmar a luxação e descartar fraturas.
  5. Um médico ortopedista realizará a redução (manobra para recolocar o ombro no lugar), seguida de imobilização com tipoia e medicamentos para dor e inflamação.

Se estiver em um local sem atendimento imediato, incline o corpo para frente, com o braço relaxado para baixo. Às vezes o ombro volta sozinho — mas nunca permita que alguém tente puxar ou girar o braço, pois isso pode piorar a lesão.

Luxação Recidivante (Instabilidade do Ombro)

Quando o ombro luxa mais de uma vez, chamamos de luxação recidivante, causada por uma instabilidade glenoumeral. Pode ser confundida com hiperlassidão ligamentar, mas são diferentes:

  • Hiperlassidão: articulações mais flexíveis, sem dor ou deslocamentos.
  • Instabilidade: ombro sai do lugar facilmente, com dor e limitação funcional.

Entenda a anatomia do ombro

A articulação glenoumeral é a mais móvel do corpo humano, e por isso, também a mais instável. Sua estabilidade depende de:

  • Lábio glenoidal (labrum);
  • Ligamentos glenoumerais (superior, médio e inferior);
  • Pressão intra-articular negativa;
  • Cápsula articular.

A lesão mais comum após luxação é a lesão de Bankart (desinserção do labrum anteroinferior). Pode haver também:

  • Lesão de Hill-Sachs (impacto na cabeça do úmero);
  • Lesão SLAP (superior do labrum);
  • Fraturas na glenoide;
  • Em pacientes acima de 45 anos: ruptura do manguito rotador.

Diagnóstico: quando procurar um especialista em ombro?

O ortopedista especialista em ombro avalia:

  • Circunstâncias da primeira luxação;
  • Direção e frequência dos deslocamentos;
  • Capacidade do paciente de realocar o ombro sozinho;
  • Exames físicos específicos para instabilidade;
  • Exames de imagem como radiografias e ressonância magnética.

Classificação da instabilidade do ombro

A instabilidade é classificada de acordo com:

  • Direção: anterior, posterior, inferior ou multidirecional;
  • Causa: traumática, atraumática ou em pacientes com frouxidão ligamentar;
  • Frequência: aguda, recidivante ou inveterada (crônica);
  • Voluntariedade: se o paciente consegue luxar o ombro voluntariamente.

A mais comum é a anterior traumática, geralmente após queda com o braço estendido para o lado e corpo projetado à frente.

Posso ter uma nova luxação após a primeira?

Sim. Especialmente em jovens de 15 a 25 anos, o risco de recidiva é alto.

Imobilizar o ombro por 6 semanas não impede novas luxações, pois a lesão do labrum geralmente não cicatriza sozinha. Cada novo episódio pode:

  • Piorar a lesão da cartilagem;
  • Aumentar defeitos ósseos (glenoide e úmero);
  • Afrouxar ainda mais os ligamentos.

Em casos graves, o ombro pode sair do lugar até durante o sono.

Tratamento não cirúrgico funciona?

Funciona em alguns casos, especialmente em:

  • Instabilidade multidirecional sem lesão do labrum;
  • Pacientes com hiperfrouxidão ligamentar, com foco em fisioterapia de estabilização muscular e postural.

Porém, em casos de lesão labral, o tratamento conservador é apenas paliativo — evita movimentos de risco, mas não corrige a instabilidade.

Cirurgia: quando é indicada?

A cirurgia é indicada principalmente em jovens e atletas, especialmente após a primeira luxação traumática com lesão do labrum.

Vantagens de operar logo:

  • Corrige o defeito anatômico inicial (lesão de Bankart);
  • Evita o surgimento de lesões ósseas e degenerativas;
  • Reduz o risco de recidivas.

Cirurgias mais comuns:

1.Videoartroscopia (minimamente invasiva):

  • Reparos labrais (Bankart, SLAP, Hill-Sachs);
  • Capsuloplastia (reconstrução da cápsula);
  • Lesão HAGL, Perthes, ALPSA.

2.Cirurgia aberta (Latarjet):

  • Indicada quando há perda óssea importante (>20%);
  • Enxerto ósseo do processo coracoide é fixado na glenoide;
  • Técnica eficaz, mas mais invasiva.

É possível voltar ao esporte após cirurgia?

Sim. A maioria dos pacientes volta a treinar ou competir após seguir corretamente a reabilitação. Quanto mais precoce a cirurgia (menos episódios), melhor o prognóstico.

Conclusão

A luxação do ombro é uma lesão grave e recorrente, que precisa de diagnóstico e tratamento adequados para evitar complicações. Em casos de instabilidade glenoumeral, quanto antes for avaliado por um especialista em ombro, melhor será a chance de recuperação completa e retorno às atividades.

Se você teve uma luxação de ombro ou sente que seu ombro “sai do lugar”, agende uma consulta com um ortopedista especialista em ombro. O tratamento certo faz toda a diferença para evitar novas lesões e recuperar sua qualidade de vida.

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Luxação Recidivante de Ombro (Instabilidade do Ombro)

A luxação recidivante acontece quando o ombro sai do lugar (luxa) mais de uma vez, ou seja, há instabilidade na articulação do ombro. É importante diferenciar instabilidade de hiperlassidão ligamentar. Quem tem hiperlassidão possui articulações naturalmente mais soltas, com maior flexibilidade, mas sem dor. Já a instabilidade é uma condição anormal, em que o ombro sai do lugar (luxa ou subluxa) com dor e perda de função.

Por que o ombro é tão instável?

A articulação do ombro (glenoumeral) é a mais móvel do corpo humano – e, por isso, também a mais instável. A cabeça do úmero (osso do braço) se encaixa em uma cavidade rasa da escápula (glenoide), o que exige uma série de estruturas para manter a estabilidade: músculos, ligamentos e o lábio glenoidal (labrum), uma cartilagem que funciona como um “berço” para o úmero. O principal estabilizador passivo é o ligamento glenoumeral inferior.

Como é feito o diagnóstico?

Durante a consulta, o ortopedista especialista em ombro vai investigar como foi a primeira luxação, com que frequência o ombro sai do lugar, se o paciente consegue recolocá-lo sozinho e se há outras doenças associadas. O exame físico inclui testes específicos de instabilidade, e exames de imagem ajudam a confirmar o diagnóstico.

Tipos de instabilidade

A instabilidade do ombro pode ser classificada de acordo com:

  • Direção: anterior (mais comum), posterior, inferior ou multidirecional;
  • Origem: traumática, atraumática ou traumática com hiperlassidão;
  • Tempo: aguda, recidivante ou antiga (inveterada);
  • Voluntariedade: se o paciente consegue ou não luxar o ombro de forma voluntária.

A forma mais comum é a instabilidade anterior traumática, geralmente após queda com o braço elevado e rodado para fora, causando a lesão de Bankart, que é o descolamento do labrum anteroinferior da glenoide.

A luxação posterior é rara, podendo ocorrer por trauma direto, convulsões ou choque elétrico.

Na instabilidade multidirecional, o ombro pode sair do lugar em mais de uma direção, com frouxidão ligamentar e, às vezes, sem lesões visíveis.

Após a primeira luxação, há risco de novas?

Sim. Quando a primeira luxação ocorre entre 15 e 25 anos, o risco de nova luxação é muito alto. O tratamento conservador (tipoia por 6 semanas) não costuma funcionar bem, pois a lesão labral (Bankart) não cicatriza sozinha.

A posição de risco para nova luxação é com o braço elevado e girado para fora (como em uma cobrança de lateral no futebol), especialmente em momentos de relaxamento muscular.

As lesões pioram a cada nova luxação?

Sim. Cada episódio pode aumentar o dano na cartilagem e nos ossos da articulação, como:

  • Lesão de Hill-Sachs (afundamento no úmero),
  • Perda óssea na glenoide,
  • Afrouxamento da cápsula articular.

Com o tempo, o ombro pode sair do lugar com movimentos cada vez menores – até mesmo durante o sono.

Existe tratamento sem cirurgia?

Sim, em alguns casos. O tratamento conservador com fisioterapia é indicado principalmente para instabilidades sem lesão do labrum, como em casos de hiperlassidão ligamentar. O objetivo é fortalecer a musculatura e melhorar a postura.

Porém, em instabilidades traumáticas com lesão labral, a fisioterapia sozinha é paliativa e não resolve a causa do problema. Nestes casos, o paciente deve evitar atividades de risco.

A cirurgia é o melhor tratamento?

Na maioria dos jovens com instabilidade traumática, sim. A cirurgia corrige a lesão do labrum (Bankart) e outras alterações, como:

  • Retensionamento da cápsula articular,
  • Tratamento da lesão de Hill-Sachs com o procedimento chamado Remplissage,
  • Reparo da lesão SLAP (quando presente).

Quando operar?

A maioria dos casos é tratada com videoartroscopia, técnica minimamente invasiva feita por pequenas incisões. As indicações e técnicas incluem:

● Reparo da lesão de Bankart
Com âncoras e suturas que fixam o labrum e apertam a cápsula articular.

● Remplissage
Para casos com lesão óssea no úmero (Hill-Sachs). O tendão do infraespinal é fixado sobre o defeito para impedir novo encaixe na glenoide.

● Capsuloplastia
Para pacientes com frouxidão ligamentar e instabilidade multidirecional.

● Reparo da lesão HAGL
Lesão rara, em que os ligamentos se soltam do úmero. Cirurgia delicada, feita por especialistas em artroscopia.

● Cirurgia aberta (Latarjet)
Indicada quando há grande perda óssea da glenoide (>20%). É feita com enxerto ósseo e tem maior taxa de complicações.

Cirurgia aberta ou por videoartroscopia: qual a melhor opção?

Atualmente, a videoartroscopia é considerada a técnica mais moderna e menos invasiva para tratar a luxação do ombro. Com pequenos cortes e o uso de uma câmera, o cirurgião consegue visualizar toda a articulação por dentro e reparar as lesões com precisão, causando menos trauma aos tecidos.

Já a cirurgia aberta era mais utilizada no passado e ainda pode ser indicada em alguns casos específicos, como em lesões muito grandes, fraturas associadas ou quando há falha de cirurgias anteriores. No entanto, por ser mais invasiva, costuma ter um tempo de recuperação maior e cicatrizes mais visíveis.

Na maioria dos casos de luxação do ombro, especialmente em pacientes jovens e ativos, a videoartroscopia oferece ótimos resultados com menor dor no pós-operatório, recuperação mais rápida e melhor aspecto estético. Além disso, permite o retorno mais seguro às atividades físicas e esportivas.

O tipo de cirurgia ideal deve sempre ser definido pelo ortopedista especialista, levando em conta o tipo e gravidade da lesão, o perfil do paciente e seus objetivos.

O tempo para voltar a praticar esportes depende do tipo de lesão tratada e da cirurgia realizada, mas geralmente ocorre entre 4 a 6 meses após a cirurgia. Atividades leves e de baixo impacto podem ser retomadas antes, enquanto esportes com risco de contato ou movimentos extremos do ombro (como vôlei, natação, lutas, crossfit) exigem um tempo maior de recuperação.

Seguir a reabilitação corretamente, evitar movimentos arriscados nas fases iniciais e manter a musculatura do ombro fortalecida são fundamentais para um retorno esportivo com segurança e desempenho.

Retorno à prática esportiva após a cirurgia por videoartroscopia

Um dos principais objetivos da cirurgia é permitir que o paciente retome sua rotina normal, incluindo a prática de esportes, com segurança e sem o risco de novas luxações. Após a artroscopia, esse retorno é possível e esperado, desde que o paciente siga corretamente todas as orientações do pós-operatório.

O tempo para voltar a praticar esportes depende do tipo de lesão tratada e da cirurgia realizada, mas geralmente ocorre entre 4 a 6 meses após a cirurgia. Atividades leves e de baixo impacto podem ser retomadas antes, enquanto esportes com risco de contato ou movimentos extremos do ombro (como vôlei, natação, lutas, crossfit) exigem um tempo maior de recuperação.

Seguir a reabilitação corretamente, evitar movimentos arriscados nas fases iniciais e manter a musculatura do ombro fortalecida são fundamentais para um retorno esportivo com segurança e desempenho.

Como é o pós-operatório?

Depende da técnica realizada e das lesões tratadas. Em geral:

  • Tipoia por 6 semanas para proteger a cicatrização;
  • Fisioterapia precoce para recuperar os movimentos;
  • Fortalecimento muscular a partir de 6-8 semanas;
  • Nos casos de Remplissage, os exercícios são mais atrasados (apenas após 12 semanas);
  • Parar de fumar e seguir as orientações do fisioterapeuta são fundamentais;
  • O retorno ao esporte é possível, mas deve ser gradual e sempre com orientação médica.

Se você tem instabilidade no ombro ou sofre com luxações frequentes, agende uma consulta com ortopedista especialista em ombro. O diagnóstico correto e o tratamento adequado fazem toda a diferença para evitar dor, novas lesões e melhorar sua qualidade de vida.

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Capsulite Adesiva (Ombro Congelado): Causas, Fases e Tratamento

A cápsula articular do ombro (glenoumeral) é a mais elástica do corpo humano, permitindo uma ampla gama de movimentos.

Na capsulite adesiva, inicialmente ocorre um processo inflamatório da cápsula (fase inflamatória), e o paciente costuma relatar dor progressiva no ombro, muitas vezes provocada por movimentos bruscos e inesperados, mesmo com o braço abaixo da linha dos ombros.

No início, o quadro pode ser confundido com tendinite ou bursite, mas não há melhora com o tratamento convencional. Com o passar das semanas, a dor tende a diminuir, enquanto a rigidez articular aumenta gradualmente, levando à perda da mobilidade do ombro — quadro clássico de ombro congelado.

Quais as causas de Capsulite Adesiva?

A capsulite adesiva pode surgir sem uma causa definida — sendo chamada de idiopática. No entanto, algumas condições estão associadas a um maior risco de desenvolver a doença:

  • Diabetes mellitus, especialmente quando mal controlado;
  • Hipotireoidismo sem acompanhamento adequado;
  • Pós-operatórios de cirurgias no ombro, como manguito rotador;
  • Períodos prolongados de imobilização com tipoia, após traumas ou fraturas.

Nesses casos, a cápsula articular perde sua elasticidade natural, tornando-se rígida e limitando os movimentos do ombro.

Quais são as fases da Capsulite Adesiva e quanto tempo dura a doença?

A capsulite adesiva é uma doença com evolução em fases e geralmente autolimitada — ou seja, ela tem início, meio e fim.

Fase 1 – Inflamatória (dura até 6 meses ou mais):

  • Dor intensa, de início lento, muitas vezes sem lesão aparente.
  • Comum ser confundida com tendinite.
  • O diagnóstico ainda é difícil nessa etapa, pois os movimentos estão preservados e exames de imagem podem parecer normais.

Fase 2 – Congelamento (dura mais de 1 ano):

  • Perda progressiva da mobilidade, inclusive nos movimentos passivos (avaliados pelo médico).
  • O paciente percebe que não consegue mais levantar o braço ou alcançar as costas.
  • É a fase mais longa da doença.
  • A ressonância magnética, muitas vezes, é laudada como normal, dificultando o diagnóstico.

📌 É nessa fase que os alongamentos mais intensos são fundamentais para reverter o quadro.

Fase 3 – Descongelamento:

  • Recuperação gradual dos movimentos do ombro.
  • A dor já é mais leve ou ausente.
  • Com tratamento, o paciente volta a realizar suas atividades normalmente.

Tempo total de duração: se não tratada adequadamente, a capsulite adesiva pode durar mais de 2 anos.

Qual é o tratamento para Capsulite Adesiva?

O tratamento é conservador na maioria dos casos e pode levar entre 1 e 2 anos. Os principais recursos utilizados incluem:

  • Fisioterapia especializada, com foco em alongamentos e ganho de mobilidade;
  • Medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos;
  • Bloqueio do nervo supraescapular, para controle da dor intensa;
  • Controle rigoroso de doenças associadas (diabetes e hipotireoidismo), com acompanhamento do endocrinologista.

🩺 Quando a cirurgia é necessária?

A cirurgia, por videoartroscopia com capsulotomia artroscópica, é indicada apenas nos casos resistentes ao tratamento conservador. Após o procedimento, o paciente deve iniciar fisioterapia imediata para evitar nova rigidez da cápsula.

Conclusão

A capsulite adesiva é uma condição que, apesar de limitante, tem tratamento eficaz quando diagnosticada corretamente.

Dor persistente e limitação progressiva de movimentos no ombro não devem ser ignoradas. O acompanhamento com um especialista em ombro é fundamental para evitar complicações e acelerar a recuperação.

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Cotovelo de Tenista (Tennis Elbow – Epicondilite Lateral)

A epicondilite lateral, conhecida popularmente como cotovelo de tenista ou tennis elbow, é a lesão mais comum entre tenistas amadores.

Estudos apontam que entre 40% e 50% dos tenistas desenvolverão essa condição em algum momento da vida.

O que é a Epicondilite Lateral?

Trata-se de um processo inflamatório na origem dos tendões extensores do punho, localizados no epicôndilo lateral do cotovelo.

Se não tratada ainda na fase aguda, a lesão pode evoluir para um quadro crônico e degenerativo, tornando o tratamento mais difícil.

⚠️ Prevenção é o melhor tratamento!

Como se apresenta a Epicondilite Lateral (Tennis Elbow)?

Os principais sintomas incluem:

  • Dor na parte lateral do cotovelo e antebraço, especialmente após saques e golpes de backhand;
  • Dificuldade para segurar objetos, girar maçanetas ou apertar as mãos;
  • Dor noturna ou ao acordar.

O que causa a lesão no cotovelo de tenista?

A principal causa são movimentos mal executados nos golpes de backhand (golpe de esquerda com a mão direita) e em saques ou bolas altas.

A epicondilite é comum entre tenistas amadores, principalmente por:

  • Falta de preparo físico adequado (tronco e pernas);
  • Atraso na preparação para o golpe;
  • Excesso de força no punho ao executar o movimento.
A sobrecarga dos extensores no cotovelo provoca a lesão da epicondilite.

Como prevenir o cotovelo de tenista?

Algumas atitudes podem reduzir drasticamente o risco de desenvolver a lesão:

  • Aprimorar a técnica com professor de tênis;
  • Escolher a raquete ideal para o seu estilo de jogo;
  • Ajustar a empunhadura e encordoamento corretamente;
  • Usar as duas mãos no backhand, evitando atrasos no golpe;
  • Fortalecer a musculatura do braço, ombro e punho.

O que fazer na fase de dor aguda?

Se os sintomas aparecerem, siga os seguintes passos:

  • Procurar um médico ortopedista especializado;
  • Evitar atividades que provoquem dor;
  • Suspender a prática de tênis, padel ou squash temporariamente;
  • Aplicar gelo por 15 minutos a cada 2 horas, sempre com pano entre o gelo e a pele (efeito anti-inflamatório e analgésico).

Qual é o tratamento para o Cotovelo de Tenista?

🟢 Fase aguda (início dos sintomas):

  • Uso controlado de anti-inflamatórios;
  • Aplicação de gelo local;
  • Repouso das atividades físicas;
  • Fisioterapia específica;
  • Infiltração com corticoide, se necessário.

🔵 Fase crônica (quando os sintomas persistem):

  • Continuação do repouso e fisioterapia;
  • Uso de dispositivos ortopédicos (como órteses);
  • Terapia por ondas de choque;
  • Aplicação de ácido hialurônico em partes moles;
  • Cirurgia artroscópica, em casos graves ou resistentes: é feita a ressecção da origem do tendão degenerado, junto ao osso.

Conclusão

A epicondilite lateral pode comprometer significativamente a qualidade de vida e o desempenho esportivo.

Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível controlar os sintomas, evitar complicações e voltar às quadras com segurança.

Está com dor no cotovelo? Agende uma avaliação com o especialista em ortopedia esportiva.

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Lesões no Ombro em Atletas: Causas, Tipos e Tratamentos

O ombro é uma das articulações mais lesionadas no esporte, principalmente em atividades que envolvem arremesso ou contato físico direto.

Estudos mostram que entre 8% e 13% de todas as lesões esportivas envolvem o ombro.

Incidência de Lesões no Ombro por Modalidade

A seguir, confira a porcentagem de atletas profissionais que já sofreram algum tipo de lesão no ombro:

  • 🏊‍♂️ Natação: 66%
  • 🏐 Vôlei: 40%
  • 🎯 Arremessadores (atletismo): 50%
  • Beisebol: 57%
  • 🏋️‍♂️ Crossfit: 36%
  • 🏌️‍♂️ Golfe: 7%
  • 🎾 Tênis: 50%

Entre atletas profissionais, as causas estão geralmente associadas ao excesso de treinos e alta exigência de performance.

Já entre amadores, embora não haja estatísticas confiáveis, a principal causa costuma ser a execução inadequada dos movimentos.

Quais são as lesões mais comuns no ombro de atletas?

🟢 Esportes com arremesso

(Tênis, vôlei, handebol, natação, arremesso de peso/dardo)

As lesões mais frequentes são atraumáticas, como:

  • Síndrome do impacto subacromial
  • Síndrome do impacto interno
  • Tendinopatia do manguito rotador
  • Ruptura do manguito rotador
  • Lesão SLAP (lábio superior)
  • Artrite acromioclavicular
  • Compressão do nervo supraescapular
  • Microinstabilidade glenoumeral (comum em arremessadores)

 

🟢 Esportes de contato

(Handebol, basquete, judô, boxe, jiu-jitsu, rugby, futebol – principalmente goleiros)

As lesões mais comuns são traumáticas:

  • Luxação acromioclavicular
  • Luxação recidivante do ombro (glenoumeral)

 

🟢 Musculação, halterofilismo e crossfit

Nessas modalidades, são frequentes:

  • Artrite ou fratura por estresse na articulação acromioclavicular
  • Tendinopatia do manguito rotador
  • Ruptura de tendões (peitoral, bíceps e manguito rotador)
  • Luxação traumática do ombro, principalmente em exercícios como supino, levantamento de peso acima da cabeça e puxadas dorsais com rotação externa

Essas lesões ocorrem devido à sobrecarga e movimentos inadequados, principalmente com cargas elevadas ou má postura.

Tratamentos para lesões no ombro em atletas

Lesões por arremesso (atraumáticas)

  • Prevenção é o primeiro passo:
  • Alongamento adequado
  • Fortalecimento de tronco e musculaturas auxiliares
  • Execução correta dos movimentos

Tratamento conservador (fase inicial):

  • Repouso
  • Anti-inflamatórios (nos primeiros dias)
  • Fisioterapia
  • Retorno gradual ao esporte

Tratamento cirúrgico (quando necessário):

Por meio da artroscopia do ombro, é possível:

  • Reparar tendões rompidos (saiba mais – manguito)
  • Remover esporões ósseos (acrômio)
  • Ressecar parte distal da clavícula
  • Corrigir lesões SLAP
  • Descomprimir o nervo supraescapular (comum no vôlei)
  • Corrigir microinstabilidade (fixação do lábio e retensionamento capsular)

Lesões traumáticas em esportes de contato

Tratamento conservador (primeira opção):

Cirurgia (em casos de luxação recidivante):

  • Realizada por artroscopia, idealmente após o primeiro episódio de luxação
  • Cirurgias precoces são menos invasivas e mais eficazes
  • Casos avançados podem exigir enxertos ósseos e cirurgias abertas mais complexas (saiba mais – luxação recidivante)

Lesões na musculação, halterofilismo e crossfit

Prevenção é essencial:

  • Execução correta dos movimentos
  • Aumento gradual da carga

Tratamento conservador (para maioria dos casos):

  • Repouso
  • Gelo
  • Anti-inflamatórios (nos primeiros dias)
  • Retorno às atividades somente após ausência total de dor

Tratamento cirúrgico:

  • Indicado para rupturas de tendões e luxações recidivantes

(saiba mais – manguito rotador | saiba mais – luxação recidivante)

Conclusão

As lesões do ombro em atletas são frequentes, mas evitáveis com técnica adequada, acompanhamento especializado e escuta ativa dos sinais do corpo.

Com diagnóstico precoce e tratamento individualizado, é possível recuperar plenamente a função do ombro e voltar ao esporte com segurança.

Se você sente dores no ombro ao praticar esportes, agende uma consulta.

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Anatomia do Ombro: Estruturas e Funções

O ombro é uma das articulações mais complexas do corpo humano, permitindo uma ampla variedade de movimentos e, ao mesmo tempo, exigindo alta estabilidade. Sua estrutura envolve diversas articulações, ligamentos, músculos e tendões que trabalham em conjunto para garantir força e mobilidade.

Articulações do Ombro

O ombro é formado por três articulações principais, conforme ilustrado na imagem ao lado:

  • Glenoumeral – entre a glenoide (parte da escápula) e o úmero;
  • Acromioclavicular – entre o acrômio (escápula) e a clavícula;
  • Esternoclavicular – entre o esterno (osso do peito) e a clavícula.

Além dessas articulações, existe uma superfície de deslizamento chamada escapulotorácica, entre a escápula e as costelas, essencial para movimentos amplos e coordenados do ombro.

Ligamentos do Ombro

Os ligamentos são estruturas fibroelásticas que conectam ossos entre si, fornecendo estabilidade às articulações sem comprometer a mobilidade.

Ligamentos da articulação glenoumeral

  • Lábio (ou labrum): estrutura fibrocartilaginosa que recobre a borda da glenoide, ampliando sua superfície e auxiliando na estabilidade.
  • Ligamentos glenoumerais: compostos pelas porções superior, média e inferior.
  • O ligamento glenoumeral inferior é o principal estabilizador passivo do ombro, formado pelas bandas anterior, inferior e posterior, que se inserem na cabeça do úmero.

Ligamentos da articulação acromioclavicular

A articulação acromioclavicular conecta o membro superior ao tórax e possui mobilidade limitada, sendo responsável principalmente pela sustentação do ombro.

  • Ligamentos acromioclaviculares: unem a clavícula ao acrômio (escápula).
  • Ligamentos coracoclaviculares: unem a clavícula ao processo coracoide, uma proeminência óssea da escápula.

Músculos e Tendões do Ombro

Os músculos e tendões são fundamentais para o movimento e a estabilização ativa do ombro.

Deltoide

O deltoide é o maior e mais visível músculo do ombro. Ele:

  • Origina-se na clavícula e no acrômio;
  • Insere-se na diáfise do úmero;
  • Atua como principal levantador do braço (abdução), além de exercer função de proteção da articulação.

Manguito Rotador

O manguito rotador é formado por quatro músculos e seus tendões, que se originam na escápula e se inserem na cabeça do úmero. Sua função principal é manter a cabeça umeral centrada na glenoide, garantindo estabilidade dinâmica durante os movimentos do braço.

  • Supraespinal (ou supraespinhoso): elevação, abdução e flexão do ombro;
  • Subescapular: rotação interna do braço;
  • Infraespinal e redondo menor: rotação externa do ombro.

Esses tendões trabalham em conjunto com músculos maiores, como o peitoral maior, deltoide e grande dorsal, para permitir força e coordenação nos movimentos.

Tendão do Bíceps

O tendão da cabeça longa do bíceps tem origem no ápice superior da glenoide e percorre a goteira bicipital, entre o subescapular e o supraespinal (região chamada intervalo rotador).

Sua função inclui:

  • Auxílio na estabilização ativa do ombro;
  • Participação nos movimentos de flexão do ombro.

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