Capsulite Adesiva (“Ombro Congelado”)

Capsulite Adesiva (Ombro Congelado): Causas, Fases e Tratamento

A cápsula articular do ombro (glenoumeral) é a mais elástica do corpo humano, permitindo uma ampla gama de movimentos.

Na capsulite adesiva, inicialmente ocorre um processo inflamatório da cápsula (fase inflamatória), e o paciente costuma relatar dor progressiva no ombro, muitas vezes provocada por movimentos bruscos e inesperados, mesmo com o braço abaixo da linha dos ombros.

No início, o quadro pode ser confundido com tendinite ou bursite, mas não há melhora com o tratamento convencional. Com o passar das semanas, a dor tende a diminuir, enquanto a rigidez articular aumenta gradualmente, levando à perda da mobilidade do ombro — quadro clássico de ombro congelado.

Quais as causas de Capsulite Adesiva?

A capsulite adesiva pode surgir sem uma causa definida — sendo chamada de idiopática. No entanto, algumas condições estão associadas a um maior risco de desenvolver a doença:

  • Diabetes mellitus, especialmente quando mal controlado;
  • Hipotireoidismo sem acompanhamento adequado;
  • Pós-operatórios de cirurgias no ombro, como manguito rotador;
  • Períodos prolongados de imobilização com tipoia, após traumas ou fraturas.

Nesses casos, a cápsula articular perde sua elasticidade natural, tornando-se rígida e limitando os movimentos do ombro.

Quais são as fases da Capsulite Adesiva e quanto tempo dura a doença?

A capsulite adesiva é uma doença com evolução em fases e geralmente autolimitada — ou seja, ela tem início, meio e fim.

Fase 1 – Inflamatória (dura até 6 meses ou mais):

  • Dor intensa, de início lento, muitas vezes sem lesão aparente.
  • Comum ser confundida com tendinite.
  • O diagnóstico ainda é difícil nessa etapa, pois os movimentos estão preservados e exames de imagem podem parecer normais.

Fase 2 – Congelamento (dura mais de 1 ano):

  • Perda progressiva da mobilidade, inclusive nos movimentos passivos (avaliados pelo médico).
  • O paciente percebe que não consegue mais levantar o braço ou alcançar as costas.
  • É a fase mais longa da doença.
  • A ressonância magnética, muitas vezes, é laudada como normal, dificultando o diagnóstico.

📌 É nessa fase que os alongamentos mais intensos são fundamentais para reverter o quadro.

Fase 3 – Descongelamento:

  • Recuperação gradual dos movimentos do ombro.
  • A dor já é mais leve ou ausente.
  • Com tratamento, o paciente volta a realizar suas atividades normalmente.

Tempo total de duração: se não tratada adequadamente, a capsulite adesiva pode durar mais de 2 anos.

Qual é o tratamento para Capsulite Adesiva?

O tratamento é conservador na maioria dos casos e pode levar entre 1 e 2 anos. Os principais recursos utilizados incluem:

  • Fisioterapia especializada, com foco em alongamentos e ganho de mobilidade;
  • Medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos;
  • Bloqueio do nervo supraescapular, para controle da dor intensa;
  • Controle rigoroso de doenças associadas (diabetes e hipotireoidismo), com acompanhamento do endocrinologista.

🩺 Quando a cirurgia é necessária?

A cirurgia, por videoartroscopia com capsulotomia artroscópica, é indicada apenas nos casos resistentes ao tratamento conservador. Após o procedimento, o paciente deve iniciar fisioterapia imediata para evitar nova rigidez da cápsula.

Conclusão

A capsulite adesiva é uma condição que, apesar de limitante, tem tratamento eficaz quando diagnosticada corretamente.

Dor persistente e limitação progressiva de movimentos no ombro não devem ser ignoradas. O acompanhamento com um especialista em ombro é fundamental para evitar complicações e acelerar a recuperação.

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